REDAÇÃO EM 29 DE ABRIL DE 2015
Campanha pede que as vítimas não sejam responsabilizadas pelos ataques sofridos
Como reagir a um episódio de abuso sexual onde você é vítima? Em Londres, a jovem estudante Ione Wells, de 20 anos, resolveu lançar uma campanha virtual para pedir apoio para quem já passou por esse tipo de situação.
Assim, a estudante de Oxford, Ione Wells, publicou uma carta aberta ao seu agressor no jornal universitário de Cherwell, relatando a experiência. Com a repercussão nas redes sociais, o relato chegou às páginas dos ornais britânicos "The Times of London" e "Telegraph".
O agressor da universitária, um jovem de 17 anos, foi detido e será levado a julgamento em 6 de maio. Desde a publicação da carta, o site do jornal de Cherwell vem encorajando vítimas a compartilharem as suas experiências "como forma de estabelecer um intenso senso de comunidade para se sobrepor à caracterização incorreta de vítimas". Em sua conta no Twitter, Wells agradeceu pela repercussão da iniciativa, batizada com a hashtag #notguilty ("não culpada").
Veja como denunciar a violência doméstica
No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia,180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.
O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.
Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.
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