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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Acontece nesta semana, entre os dias 10 e 14/6, no município de Tabatinga (AM), na região do Alto Solimões, a I Semana do Bebê Indígena do país. A campanha, organizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em articulação com lideranças indígenas Ticuna, a Prefeitura de Tabatinga, o Ministério da Saúde, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Unaids/Amazonaids, visa melhorar os indicadores da primeira infância entre os povos indígenas.
As atividades serão concentradas nas aldeias Umariaçu I e II da etnia Ticuna – que representa 6,8% da população indígena brasileira. A Amazônia, que concentra 60% dos índios do país, é um dos principais focos de trabalho do Unicef, cujo objetivo é atingir cerca de 5 mil pessoas com as ações, especialmente com a promoção de direitos para crianças e gestantes.
Durante a semana acontecem “Rodas de Conversa” que abordarão o papel da parteira indígena e o acolhimento de crianças com deficiência, além da conscientização sobre o HIV e AIDS. Também estão previstas campanhas de vacinação, o lançamento da cartilha “Direitos e Cuidados com as Crianças Ticunas”, mutirões de registro civil de nascimento, oficinas para profissionais de saúde e atividades culturais. Antônio Carlos Cabral, Oficial de Programas do Unicef na Amazônia, ressaltou que toda a programação do evento foi elaborada em parceria com lideranças Ticuna e especialistas da área da saúde.
Primeiros passos
Crianças da etnia Ticuna participam
da cerimônia da abertura da Semana.
A Semana do Bebê começou há 13 anos em Canelas (RS) e teve sua metodologia espalhada para todo o país e para o exterior. A esperança da coordenação é que o mesmo aconteça com a primeira atividade desse gênero realizada numa aldeia indígena.
“Esperamos que essa experiência frutifique para que, com as lições aprendidas aqui, possamos levar a Semana do Bebê para outras aldeias”, disse Cabral, que informou que o prefeito de Tabatinga entregou ontem um projeto de lei que inclui o evento no calendário oficial do município, possibilitando o acompanhamento dos avanços e a continuidade do programa.
O coordenador do Unicef também lembrou que o programa tem especial relevância pois “as piores condições de saúde do país estão em populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas”. Dados do Inquérito Nacional da Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas (Funasa/2009) revelam que a taxa de mortalidade infantil da população indígena é duas vezes maior do que na população em geral, as taxas de desnutrição crônica cinco vezes maior e oito entre dez bebês indígenas sofrem de anemia.
“Queremos que as comunidades se conscientizem sobre a importância da primeira infância na vida futura da criança. Cuidado, carinho e proteção são estruturais na vida da pessoa em formação”, concluiu Cabral.
A cobertura do evento será feita no local pelos “Jovens Indígenas Comunicador@s do Alto Rio Solimões” e pode ser acessada aqui.
*Com informações do A Crítica.

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