Declaração refere-se a violência doméstica contra a mulher no Amapá.
Coletiva foi realizada nesta quarta-feira (30), Dia Nacional da Mulher.
Dyepeson Martins
Do G1 AP
Maria da Penha, de 69 anos, deu entrevista coletiva
nesta quarta-feira (30) (Foto: Dyepeson Martins/G1) |
Maria da Penha é farmacêutica e tornou-se conhecida após lançar em 1994 o livro "Sobrevivi ...posso contar", que narrou as torturas vividas por ela ao lado do ex-marido, autor do tiro que a deixou paraplégica em 1983. "As mulheres precisam combater o medo, tomar uma atitude e assumirem uma posição para combater a violência sofrida. Eu sobrevivi", afirmou.A cearense Maria da Penha, de 69 anos, que deu nome à lei brasileira de combate a violência doméstica contra a mulher, disse que as amapaenses vítimas de agressão física e moral precisam 'combater o medo'. A declaração foi dada durante uma coletiva realizada em Macapá, nesta quarta-feira (30), Dia Nacional da Mulher.
A autora do livro não descartou a possibilidade de ser implantado no Amapá uma seccional do Instituto Maria da Penha. "Somos uma organização não governamental que trata das denúncias e principalmente das dificuldades que as vítimas de violência enfrentam para vencer o trauma. Assim tentamos ajudá-las a tomarem uma decisão", ressaltou.
Alessandra Mouro, promotora da justiça
(Foto: Dyepeson Martins/G1) |
"É uma lei muito rica com instrumentos jurídicos e mecanismos eficazes para ajudar a vítima de violência", destacou a promotora, acrescentando que o Ministério Público do Amapá está realizando oficinas sobre o tema nos 16 municípios do estado.A Lei Maria da Penha foi sancionada em 2006, reconhecendo a gravidade dos casos de violência doméstica e determinando punições mais severas para os agressores. A norma representa maior segurança para as mulheres que desejam denunciar uma agressão, conforme observou a promotora de justiça, Alessandra Mouro.
"Importante lembrar que o Ministério Público só pode mover uma ação contra o agressor se a vítima manifestar interesse", acrescentou.
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