Ivan Martins: "Os homens choram, ficam tristes, uma coisa bem franca"
Editor executivo da revista Época lança livro "Alguém especial" com crônicas sobre relacionamento. Em entrevista, ele fala sobre o assunto e sobre o comportamento da sociedade atual
Desde que lançou sua coluna, em 2009, Ivan Martins publica, todas as quarta-feiras no site da revista Época, um texto em que fala sobre relacionamentos. Hit na internet, ele coleciona likes e compartilhamentos nas redes sociais, além de ter criado uma legião de fãs que comentam seus posts e esperam pelo próximo artigo. A boa notícia para os seguidores do jornalista é que a coluna se transformou em livro."Alguém especial - Crônicas de amor, sexo & outras fatalidades" foi lançado na última terça-feira (23) pela Editora Saraiva e reúne mais de 40 textos já publicados, além de sete inéditos.
Marie Claire conversou com o editor executivo de Época sobre a trajetória da coluna e, também, sobre o comportamento feminino e masculino na sociedade atual. Confira, abaixo, o bate-papo:
Marie Claire - Como surgiu a ideia de fazer a coluna neste formato?
Ivan Martins - A coluna foi uma proposta minha para o Helio Gurovitz (diretor da revista). A gente estava em uma época de "vamos fazer coisas para a internet" e a minha percepção é que este assunto é muito importante para a vida das pessoas, principalmente a minha. Passamos a maior parte do tempo sentindo, pensando e falando sobre relacionamento. Prazeres, frustações, o que a gente queria e não conheceu. É uma conversa muito recorrente. Resolvi falar sobre isso do modo que eu não via as pessoas falarem, com uma pegada masculina, mas olhando para o lado das mulheres.
MC - Como surgiu a ideia do livro?
IM - Thales Gauracy, na época diretor da Saraiva, me ligou perguntando se eu queria escrever o livro. Respondi: "Claro que sim". Combinamos o formato e comecei a trabalhar no projeto. O Luis Colimbini, que trabalhava lá, também fez parte deste desenvolvimento.
MC - Ele é um compilado de crônicas já publicadas? Tem alguma inédita?
IM - É uma mescla de algumas que tiveram muitos acessos com outras que eu, particularmente, gosto muito. Tentei fazer esta composição com aquelas que "não abro mão" e outras que são as favoritas dos leitores. O título "Alguém Especial", inclusive, é de uma já publicada (leia aqui) que continua rodando por ai (sendo compartilhada por pessoas nas redes sociais). No total, são cerca de 50 textos, sete deles inéditos.
MC - As pessoas já te procuraram através das redes sociais para escrever sobre algum assunto específico?
IM - É frequente as pessoas pedirem e, às vezes, faço isso, como amor à distância, por exemplo. Também rolam pedidos mais abertos como "o que faz alguém se apaixonar por outro, e eu acabo não "usando". Mas, no geral, as pessoas querem respostas para aquilo que sentem por alguém.
MC - Você responde a todos?
IM - Nos meus perfis pessoais eu respondo tudo. Acho que a internet ajuda a descobrir quem é a sua turma de leitores. O feedback é instantâneo.
MC - Falando um pouco sobre o universo feminino, como você acha que a mulher contemporânea se comporta? Quais são as dificuldades que os homens enxergam na hora de assumir um relacionamento?
IM - Pode parece meio clichê falar isso, mas os homens estão um pouco perdidos. A minha geração ainda segura a onda, mas a molecada... Vocês(mulheres) estão conseguindo muito mais espaço, se tornando independentes não só profissional, mas também emocionalmente.
MC - Os homens de hoje sofrem mais?
IM - Sim! Ele choram, ficam tristes, uma coisa bem franca. Melhor assim, eu gosto deste jeito.
MC - Você acha que isso sempre existiu e era maquiado pelo machismo ou é um mudança interna mesmo?
IM - Acho que as mulheres estão tendo sentimentos novos, possibilidades novas. Acho que todas estas mudanças, tanto femininas quanto masculinas, são verdadeiras. Além do homem que chora, tem a mulher mais agressiva. É uma resposta aos caras que pegam, puxam e tratam as mulheres com agressividade. É um mundo meio selvagem.
Marie Claire - Como surgiu a ideia de fazer a coluna neste formato?
Ivan Martins - A coluna foi uma proposta minha para o Helio Gurovitz (diretor da revista). A gente estava em uma época de "vamos fazer coisas para a internet" e a minha percepção é que este assunto é muito importante para a vida das pessoas, principalmente a minha. Passamos a maior parte do tempo sentindo, pensando e falando sobre relacionamento. Prazeres, frustações, o que a gente queria e não conheceu. É uma conversa muito recorrente. Resolvi falar sobre isso do modo que eu não via as pessoas falarem, com uma pegada masculina, mas olhando para o lado das mulheres.
MC - Como surgiu a ideia do livro?
IM - Thales Gauracy, na época diretor da Saraiva, me ligou perguntando se eu queria escrever o livro. Respondi: "Claro que sim". Combinamos o formato e comecei a trabalhar no projeto. O Luis Colimbini, que trabalhava lá, também fez parte deste desenvolvimento.
MC - Ele é um compilado de crônicas já publicadas? Tem alguma inédita?
IM - É uma mescla de algumas que tiveram muitos acessos com outras que eu, particularmente, gosto muito. Tentei fazer esta composição com aquelas que "não abro mão" e outras que são as favoritas dos leitores. O título "Alguém Especial", inclusive, é de uma já publicada (leia aqui) que continua rodando por ai (sendo compartilhada por pessoas nas redes sociais). No total, são cerca de 50 textos, sete deles inéditos.
MC - As pessoas já te procuraram através das redes sociais para escrever sobre algum assunto específico?
IM - É frequente as pessoas pedirem e, às vezes, faço isso, como amor à distância, por exemplo. Também rolam pedidos mais abertos como "o que faz alguém se apaixonar por outro, e eu acabo não "usando". Mas, no geral, as pessoas querem respostas para aquilo que sentem por alguém.
MC - Você responde a todos?
IM - Nos meus perfis pessoais eu respondo tudo. Acho que a internet ajuda a descobrir quem é a sua turma de leitores. O feedback é instantâneo.
MC - Falando um pouco sobre o universo feminino, como você acha que a mulher contemporânea se comporta? Quais são as dificuldades que os homens enxergam na hora de assumir um relacionamento?
IM - Pode parece meio clichê falar isso, mas os homens estão um pouco perdidos. A minha geração ainda segura a onda, mas a molecada... Vocês(mulheres) estão conseguindo muito mais espaço, se tornando independentes não só profissional, mas também emocionalmente.
MC - Os homens de hoje sofrem mais?
IM - Sim! Ele choram, ficam tristes, uma coisa bem franca. Melhor assim, eu gosto deste jeito.
MC - Você acha que isso sempre existiu e era maquiado pelo machismo ou é um mudança interna mesmo?
IM - Acho que as mulheres estão tendo sentimentos novos, possibilidades novas. Acho que todas estas mudanças, tanto femininas quanto masculinas, são verdadeiras. Além do homem que chora, tem a mulher mais agressiva. É uma resposta aos caras que pegam, puxam e tratam as mulheres com agressividade. É um mundo meio selvagem.
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