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sábado, 27 de abril de 2013


Projeto da ONU capacita mulheres indígenas na fronteira Brasil-Paraguai

Priscila Maciel Duarte Lopes,  líder comunitária brasileira do povo indígena Guarani-Kaiowá. Foto: ONU Mulheres/IBISS-CO/Juliana BorgesCom o objetivo de promover o protagonismo de jovens mulheres indígenas na fronteira Brasil-Paraguai, o projeto Cuña — uma realização da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), com diversos parceiros — já formou 20 mulheres, beneficiou outras 500, e levou conhecimento para os mais de 4 mil habitantes das seis comunidades envolvidas. Em guarani, Cuña significa “mulher”.
“Há muita violência aqui e, antes, não fomos capacitados a nos defender”, explica Priscila Maciel Duarte Lopes, de 51 anos, líder indígena Guarani-Kaiowá da comunidade brasileira. “Agora sabemos que a coisa mais importante é nos ajudar, porque não temos ajuda de fora. [Mas] se estamos unidos, podemos pedir ao Governo para vir e fazer algo para as tribos”, diz ela.
O Brasil tem uma população de cerca de 896 mil indígenas, de 238 etnias, falando mais de 180 idiomas. No Paraguai, o número é de 108 mil, em 20 populações com cinco línguas diferentes. Na fronteira entre os dois países, há cerca de 15 mil indígenas. Eles pertencem predominantemente a dois grupos étnicos, os Guarani-Kaiowá e os Ayoreo.
Durante a iniciativa, as mulheres receberam capacitação em direitos humanos, questões de gênero e da cultura local, bem como na prevenção do tráfico de seres humanos e atenção para a expansão do agronegócio em terras indígenas.
Elas também foram treinadas na coleta de dados sobre violações de direitos em suas comunidades, fortalecendo a formação das líderes comunitárias.
O projeto, que teve início em novembro de 2010 com duração de um ano, foi traduzido para as duas principais línguas maternas dos Guarani e Ayoreo, para garantir sua divulgação entre as comunidades.
A iniciativa é uma realização da ONU Mulheres em parceria com as organizações não governamentais (ONGs) BASE-Investigaciones Sociales (BASE-IS) e Sobrevivencia, ambas do Paraguai, junto com a ONG brasileira Instituto Brasileiro de Inovações pró-Sociedade Saudável Centro-Oeste (IBISS/CO).

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