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quarta-feira, 3 de abril de 2013



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Atualmente, mundo árabe é criticado por sua intolerância sexual (Reprodução/Internet)

INTIMIDADE NO ORIENTE MÉDIO

Livro busca entender como o sexo é encarado no mundo árabe

Uma pesquisa detalhada sobre sexo no mundo muçulmano

Shereen El Feki, uma escritora especializada em ciência, revela em “Sex and the Citadel” uma fascinante e detalhista pesquisa do sexo no mundo muçulmano. O livro se concentra, em sua maior parte, no Egito. Entender as atitudes e práticas dos egípcios em termos de sexo é algo intrigante em si, mas El Feki também usa o sexo como um meio para entender melhor um país e uma sociedade que foram chacoalhados por uma revolução.

O mundo árabe, hoje em dia, é largamente criticado por sua intolerância sexual. Mas as coisas eram diferentes outrora. O profeta Maomé instava seus seguidores a satisfazer suas parceiras na cama. Cristãos medievais pudicos desprezavam seus conselhos detalhados da prática sexual por os considerarem um “ardil para conquistar prosélitos”, o que enfraquecia a fixação de sua própria fé com a virgindade, a castidade e a monogamia.

Hoje em dia, o Ocidente e o Oriente trocaram de posição. O Ocidente, ao menos aos olhos dos islâmicos conservadores, é uma “fossa de caos sexual e decadência sexual”. O sexo no mundo árabe, pelo menos teoricamente, se resume ao “matrimônio religiosamente sancionado, aprovado pela família e registrado pelo estado”. Um funcionário do Ministério da Educação Egípcio contou a El Feki que preferiria que aulas de educação sexual só fossem oferecidas quando os jovens tivessem em idade universitária. Antes disso tal curso não seria necessário, uma vez que, segundo ele, ninguém pratica sexo fora do matrimônio.

Como o livro de El Feki deixa claro, tais comentários acerca da abstinência de jovens egípcios são risíveis. No mundo árabe, de acordo com um ginecologista egípcio, o sexo é o oposto do esporte: “todo mundo fala sobre futebol, mas praticamente ninguém joga o jogo de fato. Mas sexo – todo mundo pratica, mas ninguém quer falar sobre isso”. Em todo caso, as revoluções da primavera árabe não promoveram uma revolução sexual na região, e El Feki não espera que isso venha a acontecer em breve.

*Texto traduzido e adaptado da Economist por Eduardo Sá

Fontes: The Economist-The times they will be a-changing

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