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terça-feira, 9 de abril de 2013


Licença partilhada facilita vida de brasileira sem empregada na Suécia

Fabia Idoeata e a filha Melissa. Crédito: arquivo pessoal
Fabia divide licença com o marido para cuidar da filha Melissa
Poder desfrutar de licença partilhada - esquema em que mãe e pai têm direito a ficar algum tempo sem trabalhar para cuidar dos filhos - e ter conseguido estabelecer em casa a distribuição igualitária de tarefas domésticas são as razões pelas quais a brasileira Fabia Idoeta não sente falta de ter uma empregada doméstica na Suécia.
A pedagoga de 27 anos é mãe de Melissa, de um ano e três meses, e trabalha quatro vezes por semana. Quem cuida mais da menina é o marido, que continuou trabalhando durante seu primeiro ano de vida, mas agora goza de sua parte da licença assegurada pelo governo sueco.
Fabia conta que, na Suécia, os casais têm direito a 480 dias de licença depois do nascimento do bebê, divididos entre pai e mãe. A partilha não precisa ser necessariamente igualitária, mas o governo sueco incentiva que os dois tentem passar o maior tempo possível com seus filhos.
O interessante, acrescenta Fabia, é que os dias da licença podem ser distribuídos ao longo dos primeiros oito anos de vida da criança.
"Eu já usei uma parte da minha licença (tendo ficado um ano longe do trabalho) e agora é meu marido que fica quatro dias em casa e trabalha apenas uma vez por semana", detalha.
Os benefícios da licença também são sentidos no bolso: os pais recebem 80% do salário e têm a garantia do emprego de volta.
"Esse esquema facilita muito a vida das famílias, porque podemos cuidar dos filhos e fazer as tarefas da casa", avalia a paulistana.

Divisão de tarefas

Mas uma licença maternidade generosa não é tudo na receita da brasileira para viver bem sem empregada.
"Eu e meu marido dividimos as tarefas numa rotina que seguimos à risca. Nós limpamos a casa juntos uma vez por semana e todas as noites deixamos tudo arrumado e a cozinha limpa para o dia seguinte", diz a pedagoga.
Melissa, filha de Fabia. Crédito: arquivo pessoal
Melissa, de um ano e três meses, vai às compras com a mãe
Os dois também ficam responsáveis pela comida e, para facilitar, tentam cozinhar grandes quantidades nos finais de semana e dividir em pequenas porções que vão para o congelador.
O casal também não conta com a ajuda preciosa do micro-ondas ou da máquina de lavar louças, utensílios quase obrigatórios na maior parte dos lares europeus. Como se não bastasse todo o trabalho, Fabia ainda encontra tempo para fazer o pão da família.
Ela admite que não ter ajuda para cuidar da casa às vezes interfere um pouco na vida social do casal, que não tem muito tempo para os amigos ou ir ao cinema. Ainda assim, diz estar satisfeita com o esquema familiar.
"No início estranhei um pouco, mas agora acho normal eu cuidar das minhas coisas, da minha própria bagunça", diz.
A paulistana relembra que morou com a mãe até ir para a Suécia em 2009, e a figura da empregada doméstica sempre foi presente em sua vida. Hoje, quando vai ao Brasil, acha estranho ter uma empregada à sua disposição.
No futuro, Fabia pretende empregar uma faxineira algumas horas por mês. E não deve sair barato. A exemplo de outros países europeus, essas profissionais na Suécia também são pagas por hora, que atualmente fica em torno de 300 coroas (aproximadamente R$ 92).

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