15/05/2015
Imagem de Amira foi captada no acampamento de Yarmouk perto de Damasco; Agência da ONU cita relatos dando conta da existência de um quinto de afetados pela desnutrição grave entre menores de cinco anos da área.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinianos, Unrwa, defendeu que a imagem de um bebé com dois meses no acampamento sírio de Yarmouk, perto de Damasco, “devia fazer o mundo ter vergonha”.
Amira pesava um quilo quando a foto foi tirada, pouco antes do cerco do acampamento perto da capital síria por grupos armados que intensificaram os combates a 28 de março. O retrato é de um dos funcionários da Unrwa.
Bebé do Cerco
A mãe também chama a menina de “bebé do cerco”. Doente, o pai luta para sustentar a recém-nascida e mais três irmãos.
Em nota, o porta-voz da Unrwa reitera a sua exigência de acesso humanitário aos civis em Yarmouk, destacando que pessoas como Amira e a sua família vivem no limite da existência.
Para Chris Gunness, garantir o acesso a essas pessoas, sitiadas durante anos, é uma prioridade urgente bem como a outras que estão na mesma situação em vários locais do país. Esse desafio é tido como um teste do sistema internacional para o qual não pode haver falha.
Acesso
Muitos fugiram de Yarmouk para áreas vizinhas como Yalda, Babila e Beit Saham. A agência da ONU disse que garantiu acesso a cerca de três mil civis.
As equipes de saúde registaram níveis chocantes de desnutrição nas crianças, com relatos a apontar para 20% dos menores de cinco anos afetados pela desnutrição grave em Yarmouk.
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