13/05/2015
Jovens de Kuikuro, povo com a maior população no Alto Xingu, dançando. Foto: Flickr/Wilfred Paulse (Creative Commons) |
O Fórum Permanente da ONU sobre Questões Indígenas abordou a onda de suicídio e automutilação da juventude indígena na sua recente sessão, em Nova York.
Durante séculos os povos indígenas ao redor do mundo têm sido forçados a travar uma luta existencial para proteger os seus modos de vida e a estrutura de suas sociedades. Agora, jovens indígenas enfrentam um risco adicional com uma onda de suicídio e automutilação que devasta comunidades em todas as regiões do mundo, especialmente no Ártico, nas Américas e no Pacífico, segundo a ONU.
No final de abril, o Fórum Permanente da ONU sobre Questões Indígenas abordou esta tendência na sua recente sessão, em Nova York, e recomendou uma série de ações a serem realizadas pelos países e pela ONU para pôr fim ao flagelo do suicídio de jovens indígenas.
Os participantes do encontro também pediram aos países para reconhecer que o comportamento suicida e a automutilação estão diretamente ligadas a injustiças históricas pelas potências coloniais, como a desapropriação de terras e recursos, negação de direitos humanos, combinado com a perda da autentificação e um afastamento das raízes da cultura tradicional e modos de vida.
O Centro de Notícias da ONU falou com alguns dos participantes no Fórum Permanente que ofereceram ideias pessoais sobre as causas do suicídio e automutilação da juventude indígena, e medidas que poderiam ser tomadas para acabar com ela.
Entre as causas apontadas estão a dificuldade de escolha entre a tradição e a modernidade, a falta de oportunidades de trabalho e representação na política, bem como de reconhecimento da importância dos povos indígenas nos livros de história e sistemas educacionais.
Em janeiro de 2015, a TV ONU produziu um vídeo especificamente sobre o drama vivido por jovens indígenas brasileiros. Por trás dessa tendência perturbadora estão os conflitos por terra.
Assista ao vídeo:
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