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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Mulheres no Poder

Painel “Estratégias Criativas para Mulheres
Conselheiras de Empresas”
Por  15/05/2015

América Latina fica atrás da América do Norte, Europa e Ásia na ocupação de mulheres em cargos de diretoria
Quase a metade (47) das 100 maiores empresas da América Latina não tem uma única mulher em seu conselho de administração, de acordo com aCorporate Women Directors International (CWDI), um grupo de pesquisa com sede em Washington, que divulgou hoje (15), no Global Summit of Women, em São Paulo, seu estudo sobre mulheres diretoras nas maiores empresas da região.
Ao todo, as mulheres representam apenas 6,4% da diretoria das 100 maiores empresas da região, colocando a América Latina bem atrás da América do Norte (19,2%), Europa (20%) e região Ásia – Pacífico (9,4%). “Embora exista um esforço global – em grande parte impulsionado pela Europa – para aumentar a presença de mulheres nas diretorias, as empresas latino-americanas estão sendo deixadas para trás no quesito de promoção de mulheres a cargos de liderança”, afirma Irene Natividad, Presidente CWDI. “As razões para o baixo porcentual de mulheres ocupando a diretoria do conselho na região não são difíceis de enxergar, uma vez que ainda há tão poucas mulheres CEOs e altas executivas com o nível de preparo normalmente requerido pelos executivos”.
Entre os países latino-americanos representados por empresas no estudo, a Colômbia está na liderança, com 13,4% dos assentos no conselho das suas maiores empresas ocupados por mulheres, mais que o dobro da média da região.No Brasil, cujas empresas compõem quase metade das maiores empresas na lista, a média é de 6,3%. Empresas do México tem apenas 5,1% da representação no conselho feminino, enquanto a percentagem do Chile, de 3,2%, é a mais baixa na região. Entre as empresas que contam com diretores do sexo feminino, 43% têm apenas uma só mulher.
A empresa de melhor desempenho entre as 100 maiores da América Latina está na Colômbia – Grupo Argos, com 28,6 % de mulheres dirigentes (2 para 7). A Organização Soriana, no México, ficou em segundo lugar, com 25% de mulheres ocupando assentos no conselho (2 para 8) e empatados em terceiro lugar estão Grupo Exito (Colômbia), Falabella (Chile) e Banco Santander (Brasil), sendo que os três têm 22% de mulheres em suas diretorias. Nenhuma das grandes empresas que participaram da pesquisa possui três ou mais mulheres diretoras.
“Embora os números sejam baixos”, afirma Natividad, “existem medidas práticas que os países podem tomar para aumentar a presença das mulheres na sala de reuniões. No Brasil, o projeto de lei de cotas ainda não aprovado, que exige que um mínimo de 40% dos diretores das empresas estatais sejam mulheres, é uma esperança para o futuro.”Caso este projeto de lei seja aprovado, o Brasil será a primeira economia da América Latina a adotar um mandato legislativo para mulheres nos conselhos, uma estratégia agora admitida por vários países. Ele se juntará a outros 22 países com cotas para as mulheres, sejam por empresas estatais ou de capital aberto. “Apesar de ser pessoalmente contra cotas, eu aprendi com o tempo que é uma medida necessária”, afirma Regina Nunes, Presidente do Standard & Poor’s Brasil.
Além de mandatos legislativos, o relatório da CWDI recomenda a inclusão da diversidade de gênero em códigos de governança corporativa, uma iniciativa do setor privado em 24 países que tem melhorado o acesso das mulheres às diretorias e que pode ser adotado pela América Latina.
E importante introduzir mais mulheres para os conselhos deadministração para dar continuidade ao crescimento econômico da América Latina e competitividade global à região.O estudo cita várias pesquisas em praticamente todas as regiões do mundo, que mostra que o aumento da presença das mulheres em cargos de liderança corporativos – como diretoras ou executivas seniores – está correlacionado com as empresas de maior rentabilidade e sucesso financeiro. O estudo da CDI também afirma que este “business case” precisa ser compreendido pelas empresas latino-americanas, que ainda não enxergam a lógica econômica por trás da promoção da participação das mulheres no mais alto nível de liderança corporativa.
Estudo CWDI 2015: Mulheres nos conselhos administrativos das 100 maiores empresas latino-americas
Principais conclusões:
 As mulheres permanecem excluídas das salas de diretoria das maiores empresas da América Latina.
Os homens ocupam 93,6% dos cargos de diretoria no Conselho de Administração das 100 maiores empresas da região, deixando as mulheres apenas com 6,4% dos assentos no conselho.

 Na última década, a porcentagem de mulheres nas diretorias aumentou pouco, cerca de 1,3%.
Em 2005, 5,1% dos assentos no conselho eram ocupados por mulheres, subindo para 5,8% em 2012, antes de atingir 6,4% em 2015. Dez anos após o primeiro estudo da CWDI na região, o número se mantém praticamente o mesmo.

 Quase a metade (47) das 100 maiores empresas não têm membros mulheres na diretoria.
Ambev, Itau Unibanco, America Movil, Televisa, Cemex, Vale e Banco Chile estão entre as maiores empresas com diretores homens.

 Das 53 empresas com pelo menos uma mulher na diretoria, 43 têm apenas uma mulher.
Oito empresas têm duas mulheres membros do conselho e apenas duas alcançaram a massa crítica de três ou mais mulheres diretoras, cuja participação começa a influenciar as discussões no conselho.

 Empresas da América Latina ficam atrás de suas empresas globais do mesmo segmento na nomeação de mulheres para os conselhos de administração.
A porcentagem de 6,4% mulheres dirigentes na América Latina é baixa em comparação com a Europa (20%), Estados Unidos (19.2%) e Ásia-Pacifico (9.4%).

• Globalmente, a diversidade de gêneros nas diretorias das empresas está começando a acelerar, mas não na América Latina.
Ao longo da última década, a percentagem de mulheres dirigentes daFortune Global 200 aumentou de 10,4% para 17,8% (Estudo CWDI 2015: Mulheres nos conselhos administrativos da Fortune Global 200: 2004-2014), um aumento de 7,4 pontos porcentuais, em comparação com 1,3 por cento de aumento na América Latina.

 A ausência de iniciativas públicas ou privadas do setor para aumentar o número de mulheres dirigentes da região está deixando as empresas da América Latina atrás de suas concorrentes globais.
As cotas para mulheres nos conselhos se disseminou da Europa para partes da África, Ásia e no Oriente Médio e, na última década tiveram o aumento de até 20% de mulheres nas diretorias, como é o caso da Itália e França.

 O Brasil é o único país da América Latina com uma proposta de cotas.
Um projeto de lei em tramitação no Senado brasileiro poderia exigir que empresas estatais aumentassem a sua porcentagem de mulheres diretoras pelo menos 10% a cada
dois anos até atingir um mínimo de 40% de ambos os sexos. O projeto de lei está atualmente aguardando aprovação pela Comissão dos Assuntos Sociais antes de ser apresentado para a Câmara dos Deputados do Brasil.

 A Colômbia é a líder regional na colocação de mulheres em cargos de administração corporativos.
13,4% dos cargos de direção em empresas de topo da Colômbia são ocupados por mulheres, mais do que o dobro da média regional. Em segundo lugar na América Latina, os conselhos das empresas brasileiras consistem em 6,3% a representação das mulheres, enquanto o México (5,1%) e Chile (3,2%) estão abaixo da média regional.

 Apenas oito das empresas têm pelo menos 20 % de mulheres diretores e nenhuma excede 30%.
Duas empresas colombianas – o conglomerado industrial Grupo Argos e principal empresa de cimento, Cemargos – empatam com o maior percentual, com duas mulheres a cada sete diretores (28,6%). A varejista Organização Soriana, do México, está em segundo lugar com 25% das mulheres ocupando diretorias. Empatada em terceiro lugar
estão a varejista chilena, Falabella, a varejista colombiana Exito e o Santander Brasil, cada uma com duas mulheres nos conselhos de nove membros (22,2%).

 Um número significativo de mulheres que ocupam a diretoria tem laços familiares com a empresa.
Mais de 1/3 das 65 mulheres nos conselhos de administração das empresas que fazem parte do estudo são membros da família de parentes que dirigem as empresas. No Brasil, mais de 40% de mulheres têm laços familiares com os dirigentes, já nenhuma diretora mulher colombiana é membro da família.


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Sobre a CDWI:
Este relatório é o 23º estudo sobre mulheres dirigentes globalmente conduzido pela Corporate Women Directors International, uma organização sem fins lucrativos que tem proporcionado pesquisas sobre mulheres diretoras a nível mundial durantes os últimos 18 anos. (CDWI/ #Envolverde)

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