POR LUCIANA SADDI
Diz respeito ao amor que alguém crê que lhe é devido e que lhe está sendo tirado. Amor que corre perigo por conta de um rival. Algo como: alguém me priva de quem eu amo ou me priva de algo bom, que por direito é meu. Teme-se perder o que se possui. O ciúme é uma grande ameaça.
As relações triangulares estão na base do ciúme. O ciumento exige a posse completa de quem ele ama. Também requer continuamente a garantia de ser o destinatário dos afetos do amado. Ele reconhece o bom e o bem do outro, mas teme ser colocado à parte disso. Jogos de exclusão e de preferência, acompanhados pela fantasia de estar sendo passado para trás, traído ou trocado, aterrorizam os ciumentos de modo geral.
Suspeita, dúvida e insegurança marcam as relações de quem sente o ciúme em demasia. Esses estados de perseguição têm duração e intensidade variáveis de acordo com a maior ou menor fragilidade da personalidade. A impossibilidade de confiar na permanência do ente querido está no centro desse tipo de sofrimento psíquico.
É comum o ciumento protagonizar triângulos amorosos em fantasia ou na realidade. O ciumento costuma viver assim o amor, tudo é triângulo para ele. Por isso teme constantemente a exclusão e a traição. Afinal, se ele não confia nele mesmo, por que confiaria no outro?
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