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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Onde está nosso final feliz?



Por que será que aprendemos ideias tão erradas com as Princesas da Disney?

Por Melanie Abrahams, da Parents/ Tradutora Ana Lis Soares, filha do Marco Túlio e da Arlete

Eu admito amar a Pequena Sereia. Mas, Eu também admito achar um absurdo as lições passadas para as meninas através desse clássico da Disney: mutilar seu corpo pelo verdadeiro amor; quem precisa de voz quando se é tão linda?; abandonar tudo que você souber por um cara que pode te trocar a qualquer momento por outra... Bem, tudo isso me parece abominável. Não só na Pequena Sereia, mas em clássicos da Disney de forma geral encontramos uma “moral da história” bastante machista e nos cercamos dessas ideias por tudo quanto é lado – se você tem filhas, sabe o que estou dizendo... E, para piorar. a gente ainda gasta muito dinheiro comprando tudo quanto é produto licenciado com as estampas das princesas que são sempre lindos!).

Eu não tenho problemas com shampoos de gliter e mochilas cor-de-rosa, mas eu gostaria muito que a Pequena Sereia tornasse humana e ensinasse algo "a mais" (ou diferente) para nossas filhas. Com as exceções da Mulan e da Mérida (ambas estão à margem da realeza), eu realmente não consigo pensar numa princesa sendo algo a mais do que, simplesmente, passiva – e, vamos encarar a realidade, no mundo real você não pode sentar e esperar por um príncipe encantado que vem te beijar e te levar para seu mágico castelo. Além disso, quem quer ir embora para um castelo do príncipe se você pode comprar seu próprio?

Como disse Beyoncé (que não é uma princesa da Disney, mas poderia ser facilmente): “Quem comanda o mundo? Mulheres”. As mulheres já são as principais provedoras econômicas em 40% das famílias com filhos nos EUA, superando os homens em graus universitários; hoje, as americanas servem o Senado de seu país mais do que nunca. Mas, ainda enfrentamos alguns cachorros grandes em nosso caminho. Um exemplo? Apesar de toda nossa competência, ainda ganhamos, em média, 23 centavos a menos do que os homens – para fazermos o MESMO trabalho. “Estranho”, né?

A diferença salarial é tão errada... Mas quem é que ensina às novas gerações de mulheres a se defender e a exigir seu valor – ao invés de esperar em torno de um cara que poderá salvá-la? Definitivamente não são as Princesas da Disney.

Quando vi este vídeo, tive vontade de gritar, por que é bonito, verdadeiro e muito sério. E triste quando pensamos em nossa posição. Ele mostra a “Pequena Sereia” da vida real em seu escritório de trabalho se perguntando “por que não ganho o mesmo que meus colegas homens?". Fala sobre o sonho de "princesas reais"  de viver numa sociedade em que as mulheres ganhem como os homens e que sejam reconhecidas do mesmo jeito. Num pedido simples, a Pequena Sereia moderna indaga os motivos das coisas serem como são. E, vá lá, não são só os 23 centavos a menos. É muita história errada acontecendo por aí...Vale a pena assistir! 



http://revistapaisefilhos.uol.com.br/nossa-crianca/onde-esta-nosso-final-feliz

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