BÁRBARA LIBÓRIO
DE SÃO PAULO
As garçonetes do restaurante Hooters, que tem duas unidades em São Paulo, têm de usar shorts curtos e regatas com decotes --elas também dançam para os clientes durante o expediente. Durante o treinamento, elas recebem uma espécie de manual que inclui recomendações de como fugir de cantadas dos clientes.
Segundo Marcel Gholmieh, sócio do Hooters Brasil, a cultura brasileira exige alguns cuidados diferenciados em relação ao país de origem da rede, os Estados Unidos. "Lá a cultura do Hooters já é muito tradicional, então eles não tem a mesma malícia que a gente vê por aqui", explica.
Quando algum cliente pede para que uma funcionária passe seu telefone, elas são instruídas a sorrir e responder: "Se eu te der meu telefone, como vou fazer para ligar para minha mãe e o meu namorado?". Se alguém diz à garota que ela é "gostosa", a funcionária pode dizer: "É por que você ainda não provou as nossas sobremesas".
Depois das apresentações de dança, se o cliente pede aulas particulares, a recomendação é dizer: "Na verdade, eu não posso ensiná-lo, pois não sou professora de dança, mas você pode falar com o nosso coreógrafo". Ela, então, aponta para o segurança da unidade.
Segundo Gholmieh, as garçonetes são instruídas a servir primeiro as mulheres da mesa, para não causar ciúmes em namoradas e mulheres dos clientes.
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| Divulgação Garçonetes da lanchonete Hooters |
De acordo com o sócio do restaurante no Brasil, as garçonetes são selecionadas por meio do site da empresa. Elas precisam fazer uma inscrição on-line e colocar uma foto. "Há uma padronização internacional. É preciso respeitar um certo biotipo, cabelo, ser simpática e ficar bem no uniforme", explica Gholmieh.
PLANO DE CARREIRA
PLANO DE CARREIRA
Elas recebem salário fixo inicial de R$ 1.000, mais gorjetas. De acordo com o empresário, as profissionais também têm plano de carreira. "Na unidade da Vila Olímpia e Mooca, em São Paulo, temos gerentes que são ex-garotas Hooter."
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